Quero-te levar a uma terra pequena
Tem gente morrendo de sede
Nessa terra pequena maior que o mar
Aqui os homens mais tiranos não cobram
Os dentes trincados na boca
A saliva na língua
Dormem nas raízes das silvas
O que seca abrange a imensidão
De um barco que navega na pele
Destrói as velas do horror e morte
E tudo o que a noite esmaga de silêncio
Nas pálpebras dos olhos, é rio que se desprende
Entre a Ogiva das palavras que sangram
Cai sobre a boca e os seios
Em forma de amoras.
Manuel Feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário