Procuro a razão nas coisas
Nas coisas que razão não têm
E ao tentar ir à razão das coisas
As coisas perdem-se também
O sol diz tudo
O tudo que nada tem
Mas há sempre algo do nada
E o nada é algo também
Contento-me com o sol e o frio
Das raízes das árvores, só vislumbro as
folhas, e a sombra num dia de sol
Bastam-me as palavras sem significado
Aquelas que são belas sem terem razão
Para serem belas, as coisas sem serem
Coisas algumas.
Manuel Luís Feliciano
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