É impossivel…
Que o vento a lamber a janela
Que esta noite escura
E a chuva a cair na boca
O frio de uma estrela
A disjuntar-se nas pálpebras
não sejas tu lá fora
a bater-me dentro
Na fevre de videiras secas
Os olhos rebentam
E dou-te as mãos em abandono
O teu rosto pousa-me
Que estes dias distantes
Não tenham o sopro de sol
Na tua garganta
E um rio correndo para a fonte
Os teus lábios aliviarem-me a boca
A arrancarem-me a morte
VOU DESFEITO numa manhã clara
na rua dos teus seios
nos teus cabelos intactos
De frutos que não se vêem
Não seja o meu corpo e o teu
A chorar de amor!
Manuel Felciano
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