O sol afinal
A luz que não teme
A fera do cálculo
O brilho da espada
As mãos acorrentadas
A porta
Escancarada do teu rosto
A silhueta
Do movimento do beijo
A verdade
Do fogo
A afogar-se no mar
A saliva de uma manhã
Sobre uma flor
O que resta
Dos ombros em brasa
A voz que ainda arde
As tuas pálpebras entrecolhidas
A dissolução do escuro
O crepúsculo do bulício dos lábios
da sombra de um barco no mar.
Manuel Luís Feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário