Quero cavar o teu corpo com o meu sorriso
E não respirar do vento
Senão do teu vento
E não beber da água senão da tua
É isso que dá vida ao meu corpo
Que move o meu mundo
E não me envelhece
De asas de cigarra queimada
Eu vou ao mar
E do balsamo que escorreu
Faço voltar
O teu corpo mais maduro
O dia mais intenso
A crescer-te pelos cabelos
E os meus braços
A mergulhar nos teus tão mais inteiros
Nas campainhas das flores
A fresquidão dos teus seios
Bebo-os só com um gesto de sede
Como um rio que toca o mar e não deságua
E a tua boca não mais é maçã bichada!
Manuel Feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário