O Outro
Eu mesmo
Espelho meu
E dos outros
Fantasma?
Consciência de tudo
E de nada
Ah como eu queria fumar um cigarro
De tragos a crepúsculos
Como era bom esquecer
Que ao lado direito do banco
O pendura me acompanha
Fuga do caminho
Medo existir ?
Eu só queria
Que se eu pudesse escolher
Escolheria
Ser bom e honesto
Ser claro como as águas
Não dar dano às flores
Às ervas
E aos animais
E agora vou chorar...
Como me doi os olhos dos gatos
E os cães chagados.
E esse peso de que eles sou eu.
Manuel Luís Feliciano
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