8.25.2023

 Vida 

Torrente  de água

Na cauda de um navio

Floresta que arde 

Em espuma

Mil e uma voz 

A salvar-se 

No azul do mar profundo

Finitude

Flor a quebrar-se

Na proa 

Clarão  que ilumina

O nosso beijo

Desancorado 

O amor todo por nascer

Flor a reerguer-se 

Entre outras flores

Infinitude

Floresta de sombras.



Manuel Luís Feliciano

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