Põe-se o rio
Põe-se o mar
Põe-se a abelha numa flor
E a minha boca de dor
Aberta na tua mão
Flor que o vento leva
No entardecer do teu beijo
O sol não se põe
Nem o teu ar
Nem o teu rubor
Nem o teu naufrágio
E eu vou contigo pelo chão
Por um caminho cortado
Num soluçar ancorado
Ouço o teu coração
Como uma pomba num seio
A morte a dizer que não
Por detrás do teu olhar
O dia é claro e inteiro.
Manuel Luís Feliciano
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