Jesus Cristo
Porque te deixaram morrer
A voz abrindo-se na folhagem das pedras
As palavras nos ouvidos dourados das areias
O coração sempre do mesmo lado
O pregos no lugar dos dedos
As andorinhas piando na boca
O amor - mãe em carne viva
o meu coração não tem lugar para o teu fim
Pensas que faço uma vénia à múmia do mundo?
Clamo-te - E não te ouço
Num sorriso edificado
As tuas pernas sem mais mar
Uma árvore despida - Barco do teu dorso
Sem as moedas de César
Só espada que nada sabe da ternura
Os lábios que tudo sabem sobre a espada
Que Deus é esse que te mata de amor?
peco
Como eu peco meu Deus
no mais sujo de mim
há uma flor branca
E os teus pés lugar para eu chorar
Os cabelos de Madalena
doendo-me no pescoço
Nenhum Deus merece a tua morte
nem a tua palavra
nem o teu rosto
Só amoras nessa ferida tão tenra
na crusta dos olhos
Só os teus pés cansados da terra
A aliviarem-me - os lábios da ceia
de Crianças em eiras de milho
Dobando o mar em corações de papoilas
No beiral dos pássaros
uma árvore à espera da porta da tua mão
Que entre por esta boca tão pouca!
Manuel Luís Feliciano
As palavras nos ouvidos dourados das areias
O coração sempre do mesmo lado
O pregos no lugar dos dedos
As andorinhas piando na boca
O amor - mãe em carne viva
o meu coração não tem lugar para o teu fim
Pensas que faço uma vénia à múmia do mundo?
Clamo-te - E não te ouço
Num sorriso edificado
As tuas pernas sem mais mar
Uma árvore despida - Barco do teu dorso
Sem as moedas de César
Só espada que nada sabe da ternura
Os lábios que tudo sabem sobre a espada
Que Deus é esse que te mata de amor?
peco
Como eu peco meu Deus
no mais sujo de mim
há uma flor branca
E os teus pés lugar para eu chorar
Os cabelos de Madalena
doendo-me no pescoço
Nenhum Deus merece a tua morte
nem a tua palavra
nem o teu rosto
Só amoras nessa ferida tão tenra
na crusta dos olhos
Só os teus pés cansados da terra
A aliviarem-me - os lábios da ceia
de Crianças em eiras de milho
Dobando o mar em corações de papoilas
No beiral dos pássaros
uma árvore à espera da porta da tua mão
Que entre por esta boca tão pouca!
Manuel Luís Feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário