Subi ao cimo de uma árvore esguia
Contei-lhe a angústia que o meu peito sente
Ela cantou comigo enternecida
Não tendo a solidão de toda a gente
Olhando-me no rosto, fez-me querer
Que ela não tem dor nem solidão
E para além do que dói é barco a vencer
A ferrugem do barco no coração
Eu fiquei contente, esqueci o mundo
Senti-me alto no seu enaltecer
Perdi o medo que tenho de viver.
Ao ver-te enraizada lá no fundo
É no céu que almejas o teu viver
Nos ramos consegues o mundo conter.
Manuel Luís Feliciano
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