3.18.2014

Poema!

O teu corpo é um tear

Feito de lua. E eu sou o tecido humano
Que nele trab...alha.
A espuma. Em ti o pó da noite. A estrela alheia
O jardim que os teus olhos não habitam
Nem recordam nem têm saudade. É uma rosa
A nascer numa pedra, a envolver-me o pescoço
Sinto a marca dos teus dedos. Deixo-te no sono
Dares-te ao solo, envelheceres, nasceres de novo
Como uma maçã que vinga e amadurece
Cheira-me à tua cintura, circulas-me novamente
E ao teu silêncio, dobro-me nos teus lábios
Cheios de mistério
Beijas-me, dizes-me amor
Numa gota de chuva
Que escorre no teus cabelos, bate-me o coração!

manuel feliciano