10.24.2020




Poema


Santa Cruz do Douro


Pousado no teu vestido

De Monte lavrado

Do teu olhar à flor do rio

Dos teus lábios ao pecado

Percorro-te

Na falésia de um grito

Seios de pinhas

Pele de rosmaninho

Eu quero o teu beijo de rio

A molhar-te o mar

Que me salve

Da escuridão

E da morte

O teu corpo de Douro em fruto

Ruína que estremece

Entre as tuas mãos e o infinito

O céu tão alto

O mar tão fundo

Os teus lábios em oração

São Deus

A fermentar o amor

O sol a gemer de frio

A nascer-te

Uma ponte de ternura!


Manuel Luís Feliciano

 Poema


Lembro-me de ti, ó flor, na berma da estrada, do meu lado direito a bondade, do meu lado esquerdo a imperfeição, e nos meu passos afogados no silêncio do céu, levo-te comigo, ó flor,  no meu coração.


Manuel Luís Feliciano

 Poema


Às vezes bate uma vontade louca de te abraçar e beijar,  não necessariamente a tua boca, é  a terra e a luz inteira que eu  busco.


 Manuel Luís Feliciano