8.13.2008

Biografia

Manuel Luís Feliciano nasceu em Vilar de Barro – concelho de Resende, a 20 de Dezembro de 1975. Licenciou-se na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, na qual concluiu o curso de Línguas e Literaturas Modernas – Variante Estudos Portugueses e Franceses a 3 de Novembro de 2005.
Começou a publicar os primeiros poemas no Jornal Voz De Lamego na coluna de poesia. Publicou o primeiro livro “Pedaços de gente em mim” numa edição camarária e “Palavras em Guerra” pela papiro Editora, ambos foram apoiados pela Câmara Municipal de Resende. Alguém que goste de poesia e queira patrocinar o meu 3 livro que já se encontra feito, deixo o meu contacto de e-mail:



manuel.feliciano@sapo.pt

8.12.2008

Maria Madalena

Amo-te Maria Madalena
Acordei de manha contigo a meu lado
A dizer-te aves e sol da primavera no peito
Não és menos mulher que as outras mulheres
Só porque sentaste à tua mesa homens cansados e oprimidos
Pecados são homens e mulheres como searas caídos no chão
Chorando no altar sem lágrimas no rosto
Sei que choraste lágrimas por Jesus Cristo
Porque o teu coração não é deserto de areia
Quantas são mais sexo que tu e amam homens que as blasfemam
Onde nem uma brisa lhes corre na tarde do corpo
E que tem mais ira no coração que tu
Perdoa a Jesus Cristo porque ele é aquele sol que é fome
Dos pobres
Que não podia morrer no teu coração
Para se sentar à mesa com todos
Porque o amor é um puro veneno que queima tudo à volta
E quem te atirou aquelas pedras…
Possivelmente alguém que nunca deu uma fatia de pão
A Lazaro!



Manuel Feliciano

À Giovanna

Quando a Giovanna passa sobre as ruas de Arequipa
Como o verbo no princípio a naufragar no peito
Onde a terra é abundante e as árvores dão frutos
E o leão e o cordeiro caminham lado a lado
E nas tuas pálpebras em flor
Os meus olhos pousam como duas borboletas
E o meu corpo não sente fome nem sede nem distancia
Porque tu habitas-me como a eternidade de todas as coisas
Sem o predador e a presa angustiados
Porque tu és como o maná sobre a rocha do deserto
A semente que diz palavras de amor sobre a areia
És como um sol suave que não queima
Por mais frio que caia sobre o corpo
Tu dizes sempre a Primavera através das tuas mãos quentes
Morro todos os dias e sou feliz contigo
Porque tu és o lugar onde Deus criou Adão e Eva.



Manuel Feliciano