7.30.2010

Correndo de mãos dadas contigo

Correndo de mãos dadas contigo



Hoje de mãos nas mãos - náufragos nos olhos
Vieram hienas, vozes rasgarem-nos em sede
E os meus dedos trepadeiras eram asas de pombas
Aconchegando-se no calor do teu ninho
Subiu então a graduação do termómetro
E eu corri os planaltos dos teus seios
Ergui-te as muralhas por entre campos de papoilas
Caçava desejos em tua carne de nuvem
E tu eras a minha presa em insustentáveis suspiros
Onde meu coração pulsava fora da carne
Em gritos molhados esculpi meus lábios de feno
Onde os teus verticais me ausentam e ilibam da morte!



Manuel Feliciano

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