2.24.2011

Medo

Se ao menos o mar quisesse saber de mim
E a chuva não fosse uma bala perdida
E o cheiro da flor uma casa destilada
E a ressureição me atravessasse a boca de lés a lés
Eu nunca temeria o arrefecer da boca
Nem o Pôr do sol nas paisagens de arame
E esperaria que um barco de mel me atracasse
No canto dos meus olhos ultramarinos
Alegre com os pés molhados sem tempo para Saudades
Tocaria violino nos espinhos das rosas
Sem medo dos dias por inaugurar.


Manuel Feliciano

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