Quão bonito é o teu reino
o teu trono
o teu tronco
os teus braços
os teus cabelos
o teu rosto
o teu perfume
as tuas palavras
a levar-me a água
sobre o meu silvado
a brotar-me amoras
a tua boca ao amanhecer
A criar astros
do nada
na minha mão repousada
Quão bonito é o que é só teu
o que a lua desconhece
A tua cintura
luar de Agosto
a tua forma própria de abrir os olhos
de movimentar o corpo
de abrir os braços
de movimentar a brisa
de chamar o mar
de espalhar a areia
de chover na terra
de semear sementes
de erguer o sol
a tua planície, o teu todo
O teu colo!
Manuel Feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário