Em tua memória meu amor Giovanna Morocco
Se eu pudesse reencontra-te
No meio da multidão que
passa
São tantos os rostos profanos
de algodão e linho
mergulhados no meu
coração
Que não caberiam em
nenhuma rua
Dos quais eu não consigo
ver o mar
Tu que és da luz que
envolve a lua
Que chama a semente ao
canto dos pardais
De campo amplo, onde
semeio os meus lábios
Na tua respiração e me
reconheço
Eu que de ti conheço o rosto
O teu tronco
As tuas raízes em mim
espalhadas
A tua semente inteira
Como posso eu
Dar-te carne flor e
maresia
Ser fogo e aquecer-te de
todas as primaveras
Chamar-te com a minha voz que é da tua água
Na qual correm os teus
cabelos e o teu sangue
Dar-te um beijo e em mim fazer-se dia!
Manuel Feliciano
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