Ao sol
És a jangada amarela
No céu navegando à deriva
Sou o pão quente dos povos
Morrendo em bocas famintas
Vencendo o mar negro da morte
Em portas trancadas nos rostos
Sou a noite quando calo
Sou o dia quando grito
A luz em homens nado – mortos
Nascendo em olhares – diafragmas
Sou o bálsamo em vozes – feridas
Cavalo correndo no prado
Sou homem não algemado
A mãos frias – puras gangrenas
Sou o sol que nunca viste
Sou a luz te desfolhando
Em doces lábios – poemas.
Manuel Feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário