Ecoam-me Outonos
E folhas amarelas
E luas donzelas
Que me ateiam o fogo
E animais de fumo
Cavalgam sem rumo
No ventre da chuva
Esventram-me o céu
De incenso e mirra
E há vozes acesas
Nas rugas das folhas
Que ainda estão verdes
E sabem a frutos
E beijos esquartejados
No chão semeados
Sangrando ternura
E rastos de aves
No céu afogadas
Que seguem o sol
Até ao suicídio
Renascem do nada
Na aguarela das cores
Em morte transmutada
Renovação de tudo.
manuel feliciano
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