“Comamos deste pão
E bebamos deste vinho”
Não queiramos ser aranhas em Guantánamo
definhando a alegria pelas húmidas paredes
Fazer casas de sol das lágrimas que caem
Eclodindo nossos frutos em árvores de argila
Sujar a cara em cantos frescos de aves
Matar os sonhos em bocas derrocadas
Ter sobre as mãos campos de defuntos
E da podridão clamar que somos gente!
Comamos deste pão, mas em partilha
Sem olhar com desdém o que trabalha
O que faz do seu suor cálice e vinho
E alimenta o poderoso que é sanguesuga!
Manuel Feliciano
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