4.02.2010

Glória Dávila Espinoza


A poesia de Glória Dávila Espinoza, tem a particularidade de atingir uma metalinguagem muito singular, o que a diferencia dos demais poetas, capaz de transportar o leitor para ambientes surrealistas, raros, maravilhosos e cheios de mistério.
Reconheço-lhe o pendor de quem canta a terra, o sofrimento e o amor de uma forma sublime, e desconstrutiva, o que faz da sua poesia um mundo permanente em construção, e análise, não sei se é, porém, a Glória, que empresta a voz à deusa natureza, ou se, pelo contrário é a mãe natureza, que empresta antes a sua voz à poetisa, sendo que, poder-se-à dizer que Glória é a panteísta-cristã em harmonia, porque a sua criatividade é já um estadio demiúrgico da alquimia do mundo, ou seja para agravar mais a reflexão da sua poesia, a sua poesia é o paradoxo, antiparadoxo, mundo em éblouissance.
Mas, falar da poesia de Glória Dávila Espinoza, é beber de uma fonte inesgotável, pois denoto-lhe, uma aptidão simbólica, no reflexo das suas palavras, e ainda uma luminosidade, e um grito latejante capaz de erguer até a mais dura pedra, pois a sua poesia é um estado inesgotável de dizer o mundo em reflexão dentro da axiologia e dos valores que a poetisa resvala dentro dos seus versos.
Aliás, conotar a poesia de Glória Dávila, como uma poesia proeminentemente barroca, como muitos críticos o fazem, é amarrar demasiado a sua inteligência e sensibilidade de uma mulher, que obviamente está atenta aos vários cânones literários dos grandes autores do mundo.
Conseguinte, convém é salientar, que as palavras da autora, ao invés de nos saciarem, são simultaneamente pão e fome, e que transportam dentro de si, a incomensurabilidade de signos e significados que nos remetem para a intemporalidade da sua dêixis, o que faz de si a poetisa do ad eternum.


http://gonzaloespino.blogspot.com/2010/03/gloria-davila-la-poeta-por-gonzalo.html



Manuel Feliciano

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