1.31.2011

Talvez um dia…

Talvez um dia…
Sem a corrosão da tinta
No luar da face da lua
Fora do tempo e do espaço
Pintemos cabelos áureos
Anjos vestidos de azul
Na amargura da boca
Na via-láctea do céu
Com aquarelas de um pássaro
Sem o cansaço da unhas
E os olhos esfomeados
Cheios de tantos sonhos
E de navios sem porto
Possamos aprender quem somos
Como uma árvore no mar
Resplandecendo de frutos
Sem um barco às talhadas
Nas vagas da ácida polpa
A flor do vento nos baste
E o tédio se lave nas pálpebras!


manuel feliciano

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