Não espero uma carta
Que me traga um milagre
Nem um sorriso
De uma boca desencontrada
Eu encontro-me
Mesmo se a estrada se nega
A levar-me ao destino
Porque eu colho-me nas coisas
Na ausência inesperada
Porque até nas nuvens estão a minha saliva
E o cantar dos pássaros
Nas pétalas das flores as palavras
Aquelas que guardo nos olhos
Mesmo se ninguém as escuta
Espero-me a mim mesmo
De braços abertos ao fundo da rua!
manuel feliciano
Sem comentários:
Enviar um comentário