Hoje vou aniquilar as sombras do medo
Vou p'lo mar fora numa folha d'árvore
Desfragmentar-me e ser só uma luz
E entregar-me ao frio e dar-me em lume
Sou uma quilha desenfreada ao vento
Atirei longe o relógio-bomba às águas
E vou pelo oceano mesmo amarrado
Lamber as feridas mesmo sem língua
Vou construir um só povo humano
Plantar na fome um campo de trigo
Onde os homens não se devorem
E no ódio florescer a palavra amigo
Vou dar as minhas mãos tão pequenas
Abandonar-me à terra em gotas de chuva
E orá-las em sol com mel pelos olhos
Dos pobres que choram mas com alegria.
manuel feliciano
Bravo Manuel:
ResponderEliminarMe parece bien que aniquiles todos tus miedos.
Agradezco tu envío y palabras a mi homenaje recibido en Brasil.
Un saludo grade desde Perú
GLoria Dávila
www.espacioblog.com/gloria-davila