8.15.2010

Talvez o tempo seja[...]

Talvez o tempo seja uma máquina sem corda
de um beijo ancorado que não partiu
quem sabe uma casa feita de chuva
com janelas abertas que dão p'ro nada
Um mundo que ouve tudo e anda surdo
talvez quem sabe o medo de não ser Eu
o tempo passa a correr como quem não anda
de sermos quem não somos em busca do céu
de não saber ao certo se o sol se afoga
É o jardim onde te abraço fora de horas
o tempo é muito pouco, pois nem se agarra
é para quem tem asas e abandona o corpo
o tempo não é princípio nem o fim da linha
é o nascer constante de um amor profundo.


manuel feliciano

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