Não quero nada
Nada
Com a força da luz
E dos músculos da chuva
A esventrar os sonhos
Com a tua mão ainda seca
Não propensa ao dia
Os meus ideais
Os meus anseios
Nódulos de madeira
Onde te geras
Em trémulo vestido
A escorrer nos ramos
Ahhhhhh senhor do mundo
São um candeeiro
Feito de terra
Brisa por cavar
Os olhos adormecidos
Que te vêem com sangue
Pó invertebrado do colo
Ahhhh, ninho que me acolhe
Que me enche de ti
Num mar de fagulhas
Tudo que sou e quero
Cheio de tua carícia
Ahh, não quero nada, nada
Com a tua voz dentro da urze
E a noite amadurecer na carne
A água no ciclo do sono
Da larva à borboleta!
manuel feliciano
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nada a querer além do doce queimar...
ResponderEliminarbravo, meu amigo!
grande abraço.
Eu acho incrível a poesia escrita com o português genuíno, a língua portuguesa em sua origem e veracidade. Está muito bom, meu amigo!
ResponderEliminarMeus Parabéns!