8.02.2010

Um pequeno aparte

É verdade que muita gente ama a minha poesia, pessoas essas de vários estratos sociais, desde o mais pequeno ao mais alto, e outros a considerem uma burrice, mas isso para mim só funciona, na medida em que pelo menos não me sinto a escrever em vão, eu escrevo pelo mais alto sentido da liberdade que sinto enquanto homem.

Todavia não planto vaidades, nem embadeiro em arco elogios, nem tão pouco a vida, talvez por ter a consciência da afemeridade do mundo assim como do seu absurdo, o que não quer dizer que não a ame até um certo ponto.

O que me faz uma certa confusão é que andam por aí umas pessoas limpinhas que não gostam que coloquemos a palavra merda na literatura, como se ela não seja um referencial de alguma coisa que está menos bem, e como se ela não exista, por isso sou imune a falsos púdicos, e a minha escrita assim como as minhas palavras não são gratuitas, quem quiser pão de ló, que vá à confeitaria.

A pátria que eu amo, que nada tem a ver com o estado ou governos partidários, mas com vivências, lugares e memórias vai desde o Minho ao Algarve, e ainda por cima andam por aí alguns senhores, que acham que o norte é meramente a cidade do Porto e o resto é paisagem, cidade que devo dizer que amo muito e tenho boas recordações, pois sou um português completo, mas já agora aproveito para dizer, que nós homens do norte, temos a virtude de chamar os bóis pelos nomes, o que não obsta que eu ame com muito orgulho o meu país de norte a sul, e que embora nascido na provincia, tenho um carinho muito especial pelo Porto e Lisboa,cidades que sempre me acolheram muito bem e às quais estou grato, e que a minha cultura é tão somente citadina, embora ame muito o lugar que me viu nascer.



Manuel Feliciano

1 comentário: