6.16.2011

O céu atrás das costas

Não queiras saber de ti





Deixa que o nevoeiro seja a única palavra e face

Pomar perfumado de seios



Todo por Sentir

Célula que inebria Abraço mergulhado no céu



Nem abras o segredo das árvores



Ouve-o desamparadamente sem ouvidos



Deixa-os a cuidar do mar



Até que o eco seja vogal na rotação do corpo



Rima sem mais areia



Profundamente peixe



Sem o limão nas sílabas



Queres mais coração que este?

A badalar na ampulheta Dos lábios que não se vêem

Húmidos de saliva



Prometo-te que as minhas costas abandonadas

Sem pastores e cabras são o céu

Onde eu te apanho papoilas



Onde tu corres, onde tu corres! Porque é que corres amor?

Sem ancas e estrada!

Descendo tudo para cima

Ah, meu Deus, meu Deus, meu Deus

No caroço que resta é mais além



Ampla é a rosa que não se encontra!

E surge sempre de uma mão estranha!







manuel feliciano

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