Não queiras saber de ti
Deixa que o nevoeiro seja a única palavra e face
Pomar perfumado de seios
Todo por Sentir
Célula que inebria Abraço mergulhado no céu
Nem abras o segredo das árvores
Ouve-o desamparadamente sem ouvidos
Deixa-os a cuidar do mar
Até que o eco seja vogal na rotação do corpo
Rima sem mais areia
Profundamente peixe
Sem o limão nas sílabas
Queres mais coração que este?
A badalar na ampulheta Dos lábios que não se vêem
Húmidos de saliva
Prometo-te que as minhas costas abandonadas
Sem pastores e cabras são o céu
Onde eu te apanho papoilas
Onde tu corres, onde tu corres! Porque é que corres amor?
Sem ancas e estrada!
Descendo tudo para cima
Ah, meu Deus, meu Deus, meu Deus
No caroço que resta é mais além
Ampla é a rosa que não se encontra!
E surge sempre de uma mão estranha!
manuel feliciano
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