6.21.2011

O longe dos teus cabelos

Não é uma vértebra fendida

O longe dos teus cabelos

Na aura do desejo Rodando no fogo

Meu amor

Preciso que acredites

Que acredites

Que o mar é as tuas mãos

Sem limites Mesmo quando as mãos se fecham

Não há esperança não há esperança

A esperança é um jardim sem flores

E eu estou todo florido

Só certeza





Que eu sou o pó que falta na tua terra

Quando os teus olhos se afundam

Nos brancos pulmões das nuvens

Vejo-te ainda mais perto

Mais por inteiro tudo se pode tocar

O fruto nasce todo para a flor

E Ausência é estrelas no meu cérebro

A cada palavra mordida que não te traz


É sangue a exalar da terra E os rios nascem onde eu quero


O que esperas, o que esperas?

Mas o meu coração lateja na terra

Mas como é de ti a terra é véu

Mas como é de ti a terra mar

Mas como é de ti somos só um

Mas como é de ti só vejo sol

O que esperas, o que esperas?

Olhar-me do alto de um castelo entregares-te toda à chuva?

Desce, desce toda sem medo

Que a vida é atemporal

Desce desce mesmo sem sonhos

Traz o teu sorriso maduro de carne

Que agora é tempo só para amar.





manuel feliciano

1 comentário:

  1. belo chamado! dos sonhos à carne, na atemporalidade de ser.

    grande abraço, poeta!

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