Não é uma vértebra fendida
O longe dos teus cabelos
Na aura do desejo Rodando no fogo
Meu amor
Preciso que acredites
Que acredites
Que o mar é as tuas mãos
Sem limites Mesmo quando as mãos se fecham
Não há esperança não há esperança
A esperança é um jardim sem flores
E eu estou todo florido
Só certeza
Que eu sou o pó que falta na tua terra
Quando os teus olhos se afundam
Nos brancos pulmões das nuvens
Vejo-te ainda mais perto
Mais por inteiro tudo se pode tocar
O fruto nasce todo para a flor
E Ausência é estrelas no meu cérebro
A cada palavra mordida que não te traz
É sangue a exalar da terra E os rios nascem onde eu quero
O que esperas, o que esperas?
Mas o meu coração lateja na terra
Mas como é de ti a terra é véu
Mas como é de ti a terra mar
Mas como é de ti somos só um
Mas como é de ti só vejo sol
O que esperas, o que esperas?
Olhar-me do alto de um castelo entregares-te toda à chuva?
Desce, desce toda sem medo
Que a vida é atemporal
Desce desce mesmo sem sonhos
Traz o teu sorriso maduro de carne
Que agora é tempo só para amar.
manuel feliciano
belo chamado! dos sonhos à carne, na atemporalidade de ser.
ResponderEliminargrande abraço, poeta!