Meu amor, não me peças o regresso
Nem os braços no mar
Nem o tronco nas andorinhas
Nem os lábios no teu colo
Por que me és tudo isto.
Eu vivo-te como um ciclo sem tempo
Nos poros da tua alma
Acaso alguma árvore vive sem raízes?
Eu nunca te parti
Mesmo quando os terramotos
Teimaram em destroçar as vozes
E apagar a memória
Eu tive sempre a liquidez
Para te ser sem quaisquer muros
Atravessar-te todas as portas
Mesmo estando fechadas
E dar-me todo em aconchego.
manuel feliciano
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