11.29.2012

Por ti o meu olhar mesmo que triste
É o teu sorriso maduro num arrozal
Meu frio pomar florido quando partiste
Onda de mar que te desce ao areal

Por ti a minha escravidão é passarinho
O teu silêncio é pêssego que amadurece
Minha tortura é os teus braços com carinho
Que pousam no meu corpo que amanhece

Por ti a noite escura é os teus lábios
O teu suor a correnteza da alegria
Onde a minha boca te bebe embriagada

Por ti a tua ausência é voz macia
Perfume da tua mão a frutos ácidos
Que cai sobre o meu corpo desamparada!


manuel feliciano

Sem comentários:

Enviar um comentário