Nos olhos de margarida
Como uma espada lançada
À Sombra que o sol semeia
Há rios de inocência. A carne é de outro verão
No cimo das folhas
De amarelos pêssegos.
O mar tem outro Sal
que a boca puxa
Nas mãos de areia
As palavras
em cada grão
Na memória do corpo
O Sol chama a montanha
E em ti gera-se o príncipio
A tua pele reveste-me
Com a branca neve que cai
No pólen que a minha garganta atravessa
Num pássaro de névoa
Do barco para a árvore
Da água para a nascente
Vale a pena morrer nos teus olhos margarida.
Manuel Feliciano
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