Fiz do silêncio dos olhos
As palavras dos nossos braços
Do cérebro inflamado
A andorinha do teus pés
Da garganta com ponteiros
O teu vestido tão líquido
Da espera empedrenida
Um candelabro na boca
No chão que falseia
A ponte que nos segura
Do peito desfeito em terra
Duas bocas desejosas
Da exaustão em sangue
O teu corpo no céu
Mesa do meu prazer
Para finalmente comermos
O muito que ainda nos sobra!
manuel feliciano
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