Meu amor sente de longe o amor comigo
Mas não me queiras dar os teus cabelos
Deixa que eu conte os séculos nos fios
O tempo em que andavamos desnudados
Em que tinhamos fome mas eramos felizes
E nos alimentavamos do cantar das aves
Também por ventura não me dês as mãos
Porque importa-me que elas sejam pássaros
E que levantem sempre quando as toque
Comer-lhe uvas em dias quentes de Verão
E quando o Inverno se apoderar da pele
Deixa que elas sejam o meu próprio fogo
E se o teu sorriso me quiser assaltar a boca
Deixa uma nesga de fora para tomar mais tarde
Senão eu saberei já tanto do campo e das flores
E eu quero-te degustar como pela primeira vez
Em que latejavamos para saber o que era um beijo
E o amor era o desejo de mãos dadas em gestação.
manuel feliciano
Bom-dia, Manuel Feliciano!´A página onde deixei o comentário a que respondeste esteve indisponível toda a noite, por isso vim aqui pedir-te desculpa, pois pela tua reacção, ter-me-ei enganado no teu nome. Quanto ao ardor, é claro que depende do contexto. É assim com todas as palavras. Há semppre o texto e o contexto. Por isso e porque há essa coisa chamada subjectividade, a linguagem é uma fonte de equívocos. Ao dizer ardor quis dizer paixão.
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