9.29.2010

Maçã de Adão

Por estradas de ossos quebrados
Sigo por portas que não se abrem
Como se fossem arvoredos
Como um navio no oceano
A lama transformo-a em céu
De pedra como gomos de laranjas
São partos as estrelas do céu
E o fim o princípio de tudo
Crianças no deserto do mundo
Choram-me nas rugas da cara
Há homens com almas de barro
O sol é uma ave sem fogo
A Chuva folha seca calada
A vida é uma côdea de pão
Então eu dou-me todo em frutos
E nas dores que quero oasis
Faço um prado da miséria
Lanço ao rio a maçã de Adão.


manuel feliciano

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