9.06.2010

Nunca me roubaram nada

Roubaram-me o Eu e as cidades do mundo
Quem me esperava não se cansou de mim
O sol só me levou-me imagens inexistentes
Que me exigiram ser múmias de faraós
Quem despejou o hangar dos meus sonhos?
Que sobrevoam o ar em asas de aviões
Só fez com que eu quebrasse todos os limites
Não quero ver o sol vou mesmo pelo escuro
Só a noite torna meu universo mais claro
Agora sigo em frente de olhos fechados
caminho sem me deslocar do meu corpo
Vou mesmo pela canoa dos meus ossos
Quebrados ao som do canto das Sereias
Nada do que me é sagrado me saqueiam
Não há mãos que possam com a minha luz
Eu sou uma parte do todo que te habita
A flor do amor não tem tempo que a seque
Quem me esperava maruja no meu coração
Sou o sorriso da chuva semando-lhe emoções.



manuel feliciano

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