9.28.2010

Não te atormentes com nuvens brancas

Não te atormentes com nuvens brancas amor. É por detrás das nuvens que floresce a luz do sol. E no algodão eu sou-te o sangue em girassóis refulgente. Palavra aliviada no marulhar da tua voz. A fogueira nítida que te limpa a cicatriz. Ou a muralha de pedra submersa no teu calor. Vou apanhar passarinhos gasosos para tos dar. Rosas que a luz do dia desconhece. Abraços que a escuridão não entende. E de mãos vazias vou trocar o mundo pelas tuas.Talvez mais tarde se chover só é o cântico dos meus cabelos na alvorada da tua boca. Numa loucura desesperada de ser criança nos teus braços, ou bala fria que te desperte para mim. Não te atormentes com nuvens brancas amor. Elas só são a promessa de que a vida, não é palavras semeadas na terra.

manuel feliciano.

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