Tu que és falso profeta
Foges da dor à calada
De predadores comendo vítimas
Da voz retalhada na estrada
Tudo é imaginação
Filosofia cheirando a pó
E o teu Eu onde está
Por acaso num lagar sem uvas?
Escondes-te do sol sangrando
E vens com os pés de Judas
Venderes tudo o que não tens
Que é a vergonha na cara
Cai-te um pássaro morto na boca
Não lhe feches os olhos vadio
É das tuas raízes covarde
Jesus Cristo não saltou fogueiras
Queimou com as brasas os pés
Para se dar em cachoeiras
A pobres, doentes e ricos
Carregando um madeiro seco.
manuel feliciano
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